terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Ata da 34 ͣ Reunião Ordinária do COMDEMA

No dia 27 de julho de 2015, às 13h30, nas dependências da sede da Fundação Florestal, situada na Rua Vladimir Besnard s/n -Morro São João - Cananéia/SP, reuniram-se para a realização da 34ª Reunião Ordinária do Conselho Municipal de Meio Ambiente de Cananéia os seguintes membros: Miguel Angelo Ribeiro Carvalho (SABESP); Isadora Parada (Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo- Coordenadoria de Planejamento Ambiental- CPLA); Mário Nunes de Souza (Fundação Florestal); Diana C. Cesar da Graça, Ana Paula de Souza Maistro e Nelsio Ramos Filho (Departamento Municipal de Meio Ambiente); Edson Issao Sasamoto (Departamento Municipal de Agricultura e Pesca); Marcelo Pereira (Departamento Municipal de Turismo); Antônio Eduardo Sodrzeieski (CATI); Fernanda Martins (Associação Rede Cananéia); Wagner Robinson Klimke (Colônia de Pescadores Z-9); André Murtinho Ribeiro Chaves (Associação dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo- APEOESP); Maria de Fátima de Almeida (COOPERCANIS); Ismael Coelho (SAPESP); Natália de Barros Pezzato (Ponto de Cultura “Caiçaras”); Talita Ariela Sampaio e Silva (Bioaustral). Como convidados estavam presentes: Laura Benitez (BIOAUSTRAL); Jonas Prado (Ouvinte); Zeile Glade (ACEC/Advogada) e Mariuza Lindenberg (APACLA).

            Justificou ausência o conselheiro Sidney Maia Barcelos (CETESB), e o conselheiro Marcos B. Campolim que está de férias.
           
            Em seguida, foi discutida a seguinte pauta:
1-Aprovação da ATA da 27 ͣ  Reunião Extraordinária;
2-Aprovação das Deliberações 01/2015 e 02/2015 do COMDEMA;
3-Discussão das questões relacionadas ao ICMS Ecológico e à Coleta Seletiva;
4-Apresentação e avaliação do material de divulgação do Programa Piloto de Coleta Seletiva;

5-Captação de água para abastecimento público municipal, bacia do rio Itapitangui - análise das propriedades a montante localizadas no bairro Rio Branco;

6- Informes:
-Aterro sanitário municipal;
-Informações sobre IC 14 0229.0000639/2013 - Ocupações do manguezal do Rio Olaria, próximo à Rua Clodoveu José de Lima, Morro São João;
-Projeto Restinga (BIOAUSTRAL);
-Município Verde Azul 2015.

            A reunião iniciou com Isadora agradecendo a presença de todos e esclarecendo a alteração da data da 34ª reunião ordinária. A qual foi determinada na 27ª reunião extraordinária para o dia 29 de junho de 2015, mas foi remarcada (via e-mail) para a data de hoje, 27 de julho de 2015. 
1. Aprovação da ATA da 27 ͣ  reunião extraordinária.
            Como a ata foi enviada via e-mail há mais de um mês (10 de junho de 2015) e como alguns conselheiros não estavam presentes na última reunião, todos concordam que é pertinente fazer a leitura da ata. Após a alteração de duas palavras, a ata foi aprovada.
2. Aprovação das Deliberações 01/2015 e 02/2015 do COMDEMA.
            Isadora apresenta e faz a leitura da Deliberação 01/2015 - Institui o Grupo de Trabalho de Resíduos para elaboração de Plano Operacional de Coleta Seletiva e recomenda a assinatura do Termo de Cessão de Uso do Galpão de Triagem entre a Prefeitura de Cananeia e a COOPERCANIS- para avaliação e aprovação dos conselheiros. Mariuza solicita sua participação no GT; seu nome, então, é incluído no artigo 2º, que trata dos membros do GT. Nada mais a acrescentar, a Deliberação 01/2015 do COMDEMA é aprovada.
Em seguida, Isadora apresenta e faz a leitura da Deliberação 02/2015 – Dispõe sobre a necessidade de ressarcimento do Fundo Municipal de Meio Ambiente. Antônio sugere a alteração do termo “ressarcimento” para “repasse” e a inclusão no objeto da deliberação, da necessidade de regularização dos repasses mensais a serem efetuados pela Prefeitura ao Fundo. Nelsio solicita que o encaminhamento da Deliberação 02/2015 à promotoria seja efetuado pelo COMDEMA e não pelo Departamento de Municipal de Meio Ambiente, conforme está enunciado no artigo 1º, uma vez que, o Departamento já encaminhou ofício (Ofício 91/2015) ao Gabinete e ao Departamento da Fazenda solicitando posicionamento dos mesmos quanto ao ressarcimento do Fundo, o que todos concordam, Antônio ressalta que se a Prefeitura alegar que está utilizando o dinheiro referente aos 2% do ICMS Ecológico para garantir as despesas da folha de pagamento, da saúde ou da educação, a Prefeitura justifica legalmente o descumprimento dos repasses ao Fundo. Nelsio sugere que o descumprimento dos repasses pode ocorrer porque o valor referente a 2% do ICMS Ecológico é alto, considerando as poucas fontes de arrecadação que o município tem para o pagamento de suas despesas. Antônio discorda, pois há uma lei municipal (Lei 2.110/2011) que institui o Fundo Municipal de Meio Ambiente, logo, para a aprovação da mesma essa questão deve ter sido considerada pelo executivo. Antônio questiona se há uma conta do Fundo, Isadora explica que sim e exibe o Ofício 054/2014 do Departamento Municipal da Fazenda (em atendimento ao Ofício 66/2014 do Departamento Municipal de Meio Ambiente), no qual está bem claro que o Fundo tem uma conta própria (Banco do Brasil, Agência – 2193-8 e Conta corrente- 14.817-2). Zeile se dispõe a preparar a representação para o COMDEMA encaminhar a Deliberação 02/2015 à promotoria, juntamente com demais documentos anexados. Sasamoto questiona se há alguma obrigatoriedade legal para as Prefeituras repassarem o ICMS Ecológico para a área ambiental. Isadora esclarece que não, o Estado não obriga os municípios que recebem receita do ICMS Ecológico a direcioná-la para a área ambiental, porque isso seria inconstitucional. Entretanto cabe ao município esse compromisso legal, como no caso de Cananéia, que instituiu ao Fundo o repasse de 2% do ICMS Ecológico. Isadora salienta ainda, que o Fundo não substitui o orçamento do Departamento de Meio Ambiente. As alterações supracitadas sugeridas para a Deliberação 02/2015 foram aprovadas por todos conselheiros presentes e a Deliberação foi aprovada por todos.
            Encaminhamentos – Zeile se dispôs a preparar um ofício para o COMDEMA encaminhar a Deliberação 02/2015 à promotoria, juntamente com os documentos anexos.

3. Discussão das questões relacionadas ao ICMS Ecológico e à Coleta Seletiva.
            Como as questões relacionadas ao ICMS Ecológico foram discutidas na pauta anterior juntamente com a aprovação da Deliberação 02/2015, então passamos para a discussão da coleta seletiva. Fernanda contextualiza a todos sobre a situação da COOPERCANIS perante a Prefeitura. Relata que os documentos solicitados pela Prefeitura, além do histórico e demais documentos da Cooperativa foram protocolados. Acrescentou que esses mesmos documentos também foram protocolados na promotoria de Cananéia; e que foi realizada a inscrição da COOPERCANIS no Setor de I.S.S.Q.N., conforme solicitado na notificação de 20 de maio de 2015. Fernanda também informou que a Cooperativa protocolou um ofício na Prefeitura pedindo a prorrogação do prazo de permanência da Cooperativa no galpão por mais 30 dias (até o fim do mês de agosto) e questionando sobre o termo de cessão de uso. Zeile informou que a Prefeitura emitiu uma resposta, através de um parecer jurídico (em anexo), indicando uma possibilidade de a coleta seletiva municipal ser realizada por uma associação ou cooperativa de catadores, desde que seja efetuada uma chamada pública. Zeile salientou que sugeriu à Prefeitura encaminhar um ofício ao cartório de notas para verificar se há outra cooperativa ou associação de catadores de materiais recicláveis no município, mas a Prefeitura optou pela chamada pública. Para executá-la, segundo Zeile, a Prefeitura irá publicar um edital, no qual, na opinião de Zeile, o alvará dos bombeiros será uma das primeiras exigências. Antônio ressalta que se a Prefeitura entregou a chave do galpão, mesmo que informalmente, então a Cooperativa não está ocupando ilegalmente o galpão. Mariuza cita o exemplo da Prefeitura do município de Ilha Comprida, onde os editais elaborados pela Prefeitura são avaliados pelos conselhos municipais. Antônio esclarece que esse procedimento é facultado ao poder executivo, mas não obrigatório. Diana informa sobre o Ofício 96/2015 (em anexo) enviado pelo Departamento de Meio Ambiente à administração municipal sugerindo critérios de seleção para a chamada pública. Zeile questiona sobre a publicidade que a Prefeitura concederá ao edital. Mariuza sugere que os cooperados da COOPERCANIS passem regularmente na Prefeitura para verificar se o edital foi publicado. Nelsio propõe que o COMDEMA tenha cuidado nas sugestões referentes a modelos de documentos relacionados à chamada pública, como minutas, critérios para o edital etc, para que não sejam direcionados a alguma associação ou cooperativa, evitando possíveis nulidades. Isadora concorda com Nelsio em relação ao não direcionamento em favor de alguma entidade da sociedade civil, mas argumenta que a participação do Conselho na construção do edital, sugerindo critérios de seleção etc, não é ilegal, pois se compara à participação dos conselhos de unidades de conservação na elaboração dos Termos de Referência (TdRs). Os quais são documentos anexos ao edital de licitação em que constam parâmetros exigidos, discriminação das atividades e dos produtos que as empresas a serem contratadas devem cumprir para a construção de plano de manejo. Zeile também concorda com Isadora, não veem ilegalidade na participação do COMDEMA na elaboração do edital, porém, ambas entendem que o COMDEMA pode momentaneamente deixar de se envolver com este processo, mas cobram que o Departamento de Meio Ambiente, na qualidade de responsável por esse assunto na prefeitura, acompanhe o referido processo, cobrando agilidade no lançamento do edital.
Encaminhamentos: Membros da COOPERCANIS vão passar periodicamente na Prefeitura para conferir se o edital da chamada pública foi publicado; Departamento de Meio Ambiente e/ou o Departamento Municipal de Obras vão cobrar brevidade no processo da chamada pública, tendo em vista a urgência dos serviços de coleta seletiva no município. O COMDEMA vai aguardar a administração municipal divulgar os resultados dos trâmites da chamada pública para a coleta seletiva, para então prosseguir com as ações voltadas a esse serviço.
4. Apresentação e avaliação do material de divulgação do Programa Piloto de Coleta Seletiva.
            Em relação ao Plano Operacional de Coleta Seletiva, Fernanda pergunta se ele fica congelado, já que a coleta seletiva municipal só vai se oficializar após o resultado da chamada pública. Isadora também sugere aguardar esse resultado para dar prosseguimento com a construção do Plano; e mostra rapidamente o Plano Operacional referente à área piloto onde seria iniciada a coleta seletiva municipal. Antônio ressalta que a Prefeitura como contratante é responsável pela apresentação do Plano Operacional e não a Cooperativa, e Isadora complementa que o GT de Resíduos foi instituído exatamente para apoiar a prefeitura na elaboração desse plano. Diante dos últimos acontecimentos, a construção, aprovação e impressão do material de divulgação do Programa Piloto de Coleta Seletiva também vão aguardar os resultados da chamada pública.
Encaminhamentos: Após o resultado da chamada pública, o GT de Resíduos vai reestabelecer a construção do Plano Operacional de Coleta Seletiva e a elaboração do material de divulgação do Programa Piloto de Coleta Seletiva.
5. Captação de água para abastecimento público municipal, bacia do rio Itapitangui - análise das propriedades a montante localizadas no bairro Rio Branco.
             Isadora apresenta o mapa da bacia do rio Itapitangui a montante do ponto de captação da SABESP com os dados de 2007 do projeto LUPA (Levantamento Censitário de Unidades de Produção Agropecuária) da CATI/SAA, mostrando a relação entre o número de culturas permanentes e o tamanho das mesmas. Antônio informa que esses dados serão atualizados em breve. O mapa, segundo Isadora possui fotografia aérea da EMPLASA (do Projeto Mapeia São Paulo) e os dados de hidrografia, estradas e limites de municípios são do IBGE. Antônio analisa os dados e conclui que há apenas três proprietários com cultura de tamanho relevante (dois proprietários com cultura permanente de 10 a 80 ha e um com cultura permanente de 80 a 800 ha) e, portanto, que possam gerar riscos de contaminação da bacia. Sendo que, não só os agrotóxicos utilizados na cultura da banana são preocupantes, de outras culturas, como o pupunha, também. Mariuza argumenta que o fato dessas propriedades estarem a montante do ponto de captação de água para o abastecimento público não é motivo para se proibir a existência de culturas permanentes nem o uso de agrotóxicos; é necessário ter uma fiscalização no uso dos mesmos. Isadora concorda que proibir os agrotóxicos não é o único caminho, sendo necessário também priorizar ações de fomento da cultura de orgânicos na região. Antônio sugere o diálogo com os agricultores e a proposição de soluções como os Programas de Pagamento por Serviços
Ambientais (PSA); além disso, ele enfatiza também a necessidade de primeiramente se fazer um diagnóstico dessa região, para posteriormente se pensar nas soluções, caso haja algum risco de contaminação do manancial. Mariuza destaca que independente da constatação desse risco, o município deve proporcionar apoio técnico aos agricultores para o uso correto dos agrotóxicos. Antônio ressalta que com as leis vigentes atualmente, como é área de captação de água para abastecimento público, se for verificado contaminação do rio por algum proprietário, há meios legais de puni-lo.
            Em seguida, Isadora solicita que o novo representante da SABESP em Cananéia se apresente aos conselheiros. Miguel se apresenta e afirma que não há irregularidades na qualidade da água destinada ao abastecimento público; ele informa também, que há previsão de construção de uma ETE no bairro Ariri. Posteriormente, Isadora exibe os relatórios de Ensaios nº7464/2014 fornecidos pela SABESP ao Departamento Municipal de Meio Ambiente. Da observação dos dados, foi verificado que apenas os valores de concentração de Escherichia coli (860 NMP/100 ml) são muito próximos ao valor de referência (≤ 1000 NMP/100 ml). Em relação aos elementos presentes nos agrotóxicos e metais pesados, nenhum está acima do valor de referência. Antônio e Mariuza sugerem que o Departamento Municipal de Agricultura faça um levantamento de quais agrotóxicos são usados e quem são os agricultores que os utilizam; Antônio se propõe a auxiliar o Departamento de Agricultura nesse diagnóstico e sugere mais alguns dados a serem coletados, como se a propriedade tem ou não tratamento de esgoto e no caso de pecuaristas, se o gado tem contato com o rio ou se o esterco é despejado no rio.  Antônio informa que o Comitê de Bacias, através do FEHIDRO, tem recursos para financiar a construção de estruturas de esgotamento sanitário em áreas rurais onde há deficiências nesse setor. Sasamoto informa que foi realizado um diagnóstico dos proprietários rurais do bairro rio Branco até a cachoeira do Pitu, e que esses dados estão no Departamento Municipal de Planejamento; Sasamoto destaca também que os agentes de saúde do Programa Saúde da Família coletam dados sobre as condições das casas dos moradores em relação à higiene. Diana se prontifica em encaminhar um ofício ao Departamento Municipal de Saúde solicitando esses dados.

Encaminhamentos: Antônio vai levantar se existem outros elementos químicos presentes nos insumos usados na atividade agropecuária, de importância, que não são atualmente analisados pela SABESP. Isadora vai verificar junto a SMA sobre os proprietários com maior cultura permanente na montante do ponto de captação de água para o abastecimento público que ainda não fizeram o CAR. Departamento de Meio Ambiente vai encaminhar um ofício ao Departamento Municipal de Saúde solicitando os dados coletados pelos agentes de saúde da família dos moradores que estão nessa região; e também ao Departamento de Planejamento solicitando os dados do diagnóstico dos proprietários rurais do bairro rio Branco até a cachoeira do Pitu. Sugerir ao Marcos Campolim para ele fazer um levantamento de pesquisas científicas, se houver, relacionadas à questão dos agrotóxicos na região da bacia do rio Itapitangui.


6. Informes

ATERRO SANITÁRIO MUNICIPAL

            Ana Paula informa que a CETESB já realizou vistoria nas duas áreas em que a Prefeitura tem pretensões de implantar o aterro sanitário municipal (Rodovia SP226, km 35,5, bairro Itapitangui ou Estrada Iririaia Mirim, S/N, SP 226, km 14,5, bairro Iririaia Mirim) e que os pareceres de viabilidade de localização estão sendo elaborados pelo órgão ambiental estadual. Mariuza expõe sua preocupação sobre o risco de contaminação da bacia do rio Itapitangui caso o aterro seja implantado no bairro Itapitangui. Isadora afirma que a segunda área provavelmente será inviável, pois está próxima do manancial de abastecimento de Pariquera-Açu. Qual a melhor opção? Levar os resíduos para fora do município, novas tecnologias, compostagem dos resíduos orgânicos etc ? Isadora defende que o ideal seria os aterros regionais, mas como é de difícil implantação devido a questões políticas, não vê alternativa, a não ser os aterros locais. Mariuza enfatiza seu receio de o aterro se transformar num lixão e questiona o motivo dos municípios não investirem em tecnologias para a destinação ambientalmente adequada dos resíduos. Antônio relata sua experiência com o aterro sanitário de Iporanga, onde as mudanças de administrações prejudicaram a manutenção do mesmo. Segundo Antônio, “Um depósito em valas para virar um lixão, basta mudar a administração”. Ele sugere que se invista em coleta seletiva, educação ambiental para a população, e que os rejeitos sejam enviados para Caieiras. Marcelo cita o exemplo do município de Porto Belo, onde é cobrado uma taxa para quem joga lixo na rua. Mariuza também exemplifica os municípios que oferecem desconto no IPTU para os munícipes que separam seus resíduos sólidos. Em relação aos resíduos orgânicos, Isadora cita a cidade de São Paulo onde a Prefeitura distribuiu gratuitamente caixas para o munícipe implantar um minhocário em casa; Laura diz que essa experiência provavelmente está funcionando, pois depois de 6 meses funcionários da Prefeitura fazem vistoria para verificar o andamento do minhocário. Isadora descreve sua experiência sobre a coleta das esponjas de cozinha usadas (total de 108 esponjas coletadas no escritório que renderam R$ 6,18, a serem passados para alguma instituição); ela explica que a Scotch-Brite juntou-se à ONG TerraCycle para criar um programa de reciclagem de esponjas de limpeza de uso doméstico. O programa proporciona um destino correto para as esponjas descartadas e a oportunidade de arrecadar dinheiro aos participantes. A participação no programa é totalmente gratuita, não há taxa de inscrição e o envio das remessas foi pago pela TerraCycle. Isadora sugere que a COOPERCANIS se cadastre no programa semelhante, com a Faber Castel e deixe as caixas de coleta nas escolas. Maiores informações em: http://www.terracycle.com.br/pt-BR/brigades.html. André sugere difundir ações de educação ambiental nas escolas, como compostagem, separação dos resíduos etc. Diana ressalta que essas ações de educação ambiental também podem ser trabalhadas junto ao Projeto Sala Verde (projeto desenvolvido pelo Governo Federal em que a Prefeitura de Cananéia- Departamento de Cultura e Departamento de Meio Ambiente- participa). Marcelo propõe que o COMDEMA tenha uma página no Facebook para divulgar ações de educação ambiental, ouvir a população etc.
           
Encaminhamentos: GT de Resíduos vai se dedicar ao planejamento de ações de educação ambiental nas escolas, eventos, e no Projeto Sala Verde. Próxima reunião do GT de Resíduos foi agendada para o dia 30 de julho de 2015 às 14hs nas dependências do Departamento Municipal e Meio Ambiente. Elaboração da página do COMDEMA no facebook e atualização dos documentos no blog.

INFORMAÇÕES SOBRE IC 14 0229.0000639/2013 - OCUPAÇÕES DO MANGUEZAL DO RIO OLARIA, PRÓXIMO À RUA CLODOVEU JOSÉ DE LIMA, MORRO SÃO JOÃO
            Diana contextualiza a situação das ocupações do manguezal do rio Olaria, nos fundos da Rua Clodoveu José de Lima, Morro São João. Ela apresenta uma imagem atual e outra de 1980 da área para demonstrar que nesse trecho do rio foi realizada uma dragagem e que não havia manguezal no local. Em seguida, Diana apresenta um histórico dos ofícios e documentos presentes no Departamento Municipal de Meio Ambiente (2011 a 2014; em anexo). Conforme esse histórico foi possível depreender que a solicitação de informações sobre a possível abertura de uma rua e a ocupação irregular nessa área iniciou o processo de discussão. Em 2011, o Departamento Municipal de Meio Ambiente apresentou os principais motivos que impediam essa obra e a ocupação regular- área de manguezal e risco de inundações. Em setembro de 2013 foi instaurado o de Inquérito Civil Nº 14.0229.0000639/2013-4. Sendo o objeto do IC a apuração de suposta supressão de manguezal situado no interior do perímetro urbano de Cananéia. Em outubro de 2013, o Departamento Municipal de Meio Ambiente fez uma consulta ao DAEE questionando se esse trecho do rio Olaria é considerado braço de mar ou rio, uma vez que devido às oscilações de maré que influenciam o trecho, à fauna, etc pode haver essa mudança de classificação. O DAEE respondeu que seria preciso consultar o IGC- Instituto Geográfico e Cartográfico de SP. A consulta não foi realizada; e em novembro de 2013 o Departamento Municipal de Meio Ambiente solicita informações ao Departamento Jurídico sobre a possibilidade de declarar a área em questão de utilidade pública, tende em vista a ocupação (moradores e atividade pesqueira); não obteve resposta. Em junho de 2014, ocorreu uma vistoria conjunta entre o Departamento Municipal de Meio Ambiente e a APACIP/ICMBio, tendo como consequência a proposição de ações conjuntas na área, nada foi iniciado ainda.
PROJETO RESTINGA (BIOAUSTRAL)
            Laura apresenta o Projeto Restinga desenvolvido nas margens do rio Olaria, próximo à Rua Clodoveu José de Lima, Morro São João (mesmo trecho onde foi instaurado o Inquérito Civil supracitado). Ela informa que o projeto tem duração de 2 anos e que tem o objetivo de restaurar parte dessa área, envolvendo um grupo de jovens que recebem uma bolsa para participar. Já foram plantadas 1.400 mudas de árvores nativas de restinga no local (plantio foi realizado em abril de 2015). Além do plantio, foi realizado um curso de fotografia no local com os jovens participantes e também está sendo planejado o desenvolvimento de um projeto de pesquisa científica relacionado à polinização. Laura explica que o BIOASUTRAL está tendo problemas com a Prefeitura em relação ao local, pois a concessão da área foi realizada por meio de uma Carta de Parceria (em anexo) entre o Departamento Municipal de Meio Ambiente, através de sua Diretora na época, Selma Xavier Pontes e o a ONG, sem uma consulta ao Departamento Jurídico do município. E, além disso, está havendo conflito com os moradores do bairro, pois parte do plantio das mudas foi realizado sobre a área de um antigo campinho de futebol presente no local. A área desse campo foi concedida pela Prefeitura, na década de 90, à associação de jogadores do bairro Morro São João por 30 anos. Isadora pergunta se não é possível conciliar na área o plantio e o campinho; Laura afirma que não, devido às condições de alagamento do local. Por fim, é consenso entre os conselheiros que essa questão não pode ser encaminhada via COMDEMA; a ONG BIOAUSTRAL deve buscar uma solução com a Prefeitura e com a Promotoria.
MUNICÍPIO VERDE AZUL 2015
            Diana apresenta o Programa Município Verde Azul 2015, programa ambiental desenvolvido pela Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, que a Prefeitura de Cananéia é signatária.

Próxima reunião do COMDEMA: 22/09/2015 ou 29/09/2015 às 13h30min na sede da Fundação Florestal.

            Nada mais havendo a tratar, foi lavrada e assinada a presente ata por Diana Cristina Cesar da Graça e revisada por Isadora Parada.

Cananéia, 06 de agosto de 2015.

Isadora Parada                                                                      Diana Cristina Cesar da Graça           Coordenadora do COMDEMA                                              Secretária Executiva do COMDEMA

Nenhum comentário:

Postar um comentário